Equipes da Urbana retiram barro que desceu de área degradada do morro em Areia Preta. |
Mesmo com as chuvas que caíram pela madrugada e ao amanhecer do dia em Natal, a Defesa Civil do município considera “estável” o quadro em Mãe Luiza, onde há 30 dias houve o deslizamento de sedimento dunar da encosta da rua Guanabara, que resultou na interdição de 19 casas e deixou 309 famílias desabrigadas.
O coordenador da Defesa Civil, Eugênio Soares, disse que as duas camadas de lona plástica, colocadas por cima de uma terceira de borracha na cratera aberta pelas chuvas de 13 de junho, podem reter o material arenoso, apesar de que ao amanhecer do dia de ontem tenha caído areia na avenida Sílvio Pedroza, em virtude dos 33,37 milímetros de chuvas registrados pelos oito pluviômetros da prefeitura. “As águas correm por cima das camadas de plásticos e não correm mais nas encostas”, afirmou ele.
De acordo com o site Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que é ligado ao Ministério da Agricultura, as chuvas devem continuar moderadamente na capital, provocadas por nuvens que avançam do mar sobre a costa do Rio Grande do Norte.
O diretor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Rogério Leite, chegou a ir de madrugada na avenida Sílvio Pedroza - “fui dormir eram três horas” - tendo afirmado que o trânsito nas primeiras horas da manhã de sábado era eito em apenas em uma faixa da pista, porque as águas “lavaram até o calçadão” construído para caminhadas na praia.
A Semob chegou a deslocar quatro agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, os chamados “amarelinhos” para orientar o tráfego de veículos no local, já próximo ao relógio do sol, em Areia Preta. Segundo Rogério Leite, as viagens nas cinco linhas de ônibus que servem ao bairro de Mãe Luiza chegaram a ser suspensa, mas o serviço foi retomado a partir das 9 horas da manhã.
Equipes da Defesa Civil percorreram áreas de risco de Natal, sobretudo Mãe Luiza e nas Rocas, também na Zona Leste, onde houve o único chamado de alerta de risco eminente para o Corpo de Bombeiros. “Os moradores da Rua Lucas Bicalho, nas Rocas, temiam o desmoronamento de um poste e da calçada por causa de uma obra da Caern”, informou por telefone o sargento Paulo Roberto do Nascimento.
O agente da Defesa Civil do município, Edson Pereira da Silva, disse que também orientou os moradores para que acionassem a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), a fim de registrarem o caso no protocolo da empresa: “Assim eles ficam acobertados contra danos materiais”.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) também enviou o servidor terceirizado Ricardo Araújo para o local, tendo ele explicado que a providência a ser tomada é “tapar o buraco com areia” para evitar o crescimento da erosão provocada pelas chuvas, enquanto não se conclui as obras de saneamento da rua Lucas Bicalho com a Travessa Castro Alves. “A gente avisou porque ficamos com medo depois com o que ocorreu em Mãe Luiza”, disse a moradora Gerusa Maria da Cruz, da casa de nº 63.
O coordenador da Defesa Civil Eugênio Soares esteve na rua Lucas Bicalho e disse que não havia risco de o poste cair, porque estava montado numa base de três metros de profundidade e que o aterramento a ser feito pela Caern da área erodida não trará risco às casas da rua.
Fonte: Tribuna do Norte
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