sexta-feira, 8 de novembro de 2013

COM MEDO DE TERREMOTOS, A FAMÍLIA DO RN DORME EM CARROCERIA DE CAMINHÃO

Família está dormindo em um caminhão com medo dos tremores
Cícero Avelino, de 60 anos, a mulher, Maria Cavalcanti, de 56, um filho, a nora e três netos dormem na carroceria de um caminhão há oito dias. Moradores de Pedra Preta, município localizado a 149 Natal, eles deixaram de passar a noite dentro de casa por medo dos sucessivos tremores de terra que vêm ocorrendo na cidade. “A gente tem medo da casa desabar e o telhado cair em cima da gente. É uma sensação muito ruim, um medo muito grande. Só sabe quem já sentiu”, conta o agricultor.
A casa da família fica no sítio Toco Preto, na zona rural do município. Para abrigar a família durante a noite, o agricultor improvisou uma cobertura para a carroceria com uma lona. Os sete integrantes da família se dividem em quatro colchões que permanecem no caminhão.
“Toda noite é a mesma coisa: a gente fica dentro de casa até o fim da novela e depois vamos para o caminhão dormir”, diz Maria Cavalcanti, a matriarca da família. “É melhor dormir aqui do que correr o risco da casa desabar na nossa cabeça”, relata o neto de Seu Cícero, Siderlei Bandeira Bezerra, de 12 anos.
Durante o dia a família tenta levar a vida normalmente. As crianças vão para a escola, Cícero segue para a cidade onde presta serviço de frete para a prefeitura e dona Maria cuida da casa. Ela é quem tem mais medo dos tremores. “Eu passo o dia inteiro com a porta aberta porque se precisar correr fica mais fácil. Por mim eu já tinha ido embora daqui. A gente não sabe que horas pode ter um tremor mais forte e Deus nos livre acontecer uma desgraça”, diz.
O quarto do casal, confortável e espaçoso, deve ficar vazio por um bom tempo. “A gente só vai voltar a dormir lá quando alguém disser que não vai ter mais tremor”, diz Cícero.
O pesquisador Joaquim Ferreira, que integra o Laboratório Sismológico da UFRN, explica que a causa dos abalos em Pedra Preta é a formação geológica do estado. "Todo o Rio Grande do Norte está na borda da bacia potiguar que é uma região que é a mais ativa do Brasil. Por isso, acontecem esses tremores", diz.
Morando em casas antigas, habitantes de Pedra Preta temem abalos sísmicos (Foto: Jorge Talmon/G1)
Ajuda psicológica
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) diz que na segunda-feira (11) haverá o envio de psicólogos ao município de Pedra Preta. Também prestarão apoio, como forma de tranquilizar a população, enfermeiros, acupunturistas e educadores físicos. As equipes, segundo a secretaria, realizarão trabalhos de relaxamento, acupuntura, rodas de conversa, exames físicos e aferição da pressão arterial, além de palestra sobre medidas a serem tomadas para se tentar lidar com as dificuldades.
O chefe de gabinete da Prefeitura de Pedra Preta, Jorge Alessandro Ferreira, informa que o pedido foi motivado pela tensão que os abalos sísmicos têm causado nos moradores da cidade. "O tremor do dia 25 de outubro, de magnitude 3,7, mexeu muito com os moradores. Só se fala nisso desde então. Queremos acalmar e orientar as pessoas", explica.
Tremores consecutivos
O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) continua acompanhando a atividade sísmica que vem ocorrendo na localidade de Cabeço Preto, em Pedra Preta, desde o dia 24 do mês passado. Desde então, já foram registrados mais de 500 eventos, em sua maioria microtremores, que não são percebidos pela população, sendo apenas registrados pelas estações sismográficas mais próximas do epicentro.
A governadora Rosalba Ciarlini enviou uma equipe da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para Pedra Preta com o objetivo de avaliar os riscos de desabamento de residências que foram afetadas com os últimos tremores de terra que ocorreram na cidade. Uma equipe do Exército também se deslocou para a cidade.
Na ocasião, o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Josenildo Acioli, aconselhou os moradores a permanecerem em suas casas e tratou de tentar tranquilizar a população. "Não há motivo para abandono. Tomamos as precauções para ter uma resposta rápida e eficaz se necessário", afirmou.
Várias casas estão com rachaduras. Além disso, uma quadra de esportes da cidade foi interditada por risco de desabamento.

Fonte: tribuna hoje

EXPLOSÃO SOLAR: SOL LIBERA SUA MAIS PODEROSA ERUPÇÃO DO ANO

O Sol disparou sua mais forte erupção solar do ano, causando apagão em sinais de alta freqüência.
A poderosa radiação foi emitida às 22:12h na terça-feira, dia 5, e foi classificada como uma X3.3, na categoria das mas intensas explosões do Sol.
Os flares solares de classe-X, quando apontados para a Terra, podem representar uma ameaça para os satélites e astronautas em órbita. Apesar de interromper ou influenciar comunicações que usem ondas de rádio, os astrônomos dizem que esta explosão específica não é preocupante para nós na Terra.
As observações da explosão foram feitas pelo Solar Dynamics Observatory, da NASA, mostrando o Sol em luz ultravioleta. A cor incomum é uma mistura de cores falsas que são atribuídas a cada comprimento de onda através de cálculos de físicos para distinguir as diferentes bandas.
Uma explosão solar é, na verdade, uma grande emissão de luz e radiação da atmosférica magnética da nossa estrela. Essa energia desloca-se na velocidade da luz, chegando a Terra após 8 minutos do acontecimento. Parte da radiação é absorvida em nossa atmosfera em uma camada chamada ionosfera.
A explosão de energia provocou correntes elétricas na ionosfera que, por sua vez, gerou um campo magnético. Todas as correntes elétricas que geram um campo magnético suficientemente forte, podem ser medidas a partir do solo.
  De acordo com os cientistas, esse tipo de explosão não consegue penetrar no planeta ao ponto de prejudicar a vida na Terra, mas quanto é demasiadamente forte, prejudica a ionosfera, onde sinais de GPS e de rádio viajam, o que pode gerar interrupção na comunicação.

Fonte:DailyMail Foto: Reprodução / NASA

RACHADURAS SÃO CONSIDERADAS PREOCUPANTES


“A situação em Pedra Preta é preocupante”. Mesmo que essa declaração seja dita com muita cautela, não tem como ter outro entendimento. A equipe técnica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) esteve ontem na cidade, distante 149 quilômetros de Natal, e, após visitar algumas casas, os engenheiros chegaram à conclusão de que as edificações locais correm risco, caso a potência dos tremores aumente. Até agora foram mais de 500 abalos registrados em cerca de duas semanas de atividades sísmicas intensas.


A previsão é de que o laudo saia em, no máximo, 48 horas após a vistoria. Em virtude do cenário e da apreensão que ronda a cidade, o prefeito já pensa até decretar estado de calamidade pública. Ele aguarda a divulgação desse documento técnico do Crea, além do laudo da Defesa Civil.


“Vamos lançar um laudo em 24h ou 48h, mas não é algo tão apurado porque não fomos a fundo. Mas o que posso dizer é que dá pra ver que a maioria das avarias que vimos são rachaduras; que podem, em alguns casos, ser preocupantes porque, se a magnitude dos tremores vier a aumentar, pode acontecer um sinistro sim”, afirmou o engenheiro, assessor técnico do Crea, Gerson Ricardo de Oliveira.

Ele disse ainda que o trabalho de ontem se tratou de uma vistoria apenas de constatação. Eles visitaram as casas e fizeram registros fotográficos. “Não é possível dizer o quão preocupante é, mas pelo nível que estamos vendo, pode se dizer que é um grau médio”, disse Oliveira, tentando passar tranquilidade.

Além disso, ele afirmou que não existe uma forma de reforço como paliativo, no momento, para proteger as casas e outras edificações. Não adianta rebocar as paredes porque internamente a estrutura vai se manter a mesma. Não dá para reformar a casa inteira, se os abalos permanecerem, porque as rachaduras voltariam. O jeito, segundo o engenheiro, é esperar os tremores acabarem para se pensar no que fazer.

Umas das casas vistoriadas pelo Crea foi a de número 442, localizada na Rua Luiz Antônio. A residência, de propriedade da dona de casa Mirian André de Lima, 45, possui rachaduras em praticamente todos os cômodos. Dona Mirian diz que a vontade é de ir embora junto com o marido e o filho, mas não sabe para onde, por isso permanece no local. “A casa sacode toda, não consigo dormir direito. Saio sempre para o quintal, evito ficar dentro de casa”, relatou. Ela dorme na sala, preparada para correr a qualquer momento.

Próximo da casa de Dona Mirian, fica o ginásio da cidade. Deteriorado pela ação do tempo, mesmo antes dos abalos, a estrutura já estava interditada. Permanece. É possível ver rachaduras no chão e nas arquibancadas que, segundo informações passadas pelo coordenador de Defesa Civil da cidade, Guilherme Bandeira, foram agravadas pelos tremores. 

Teria sido sondada a possibilidade do local servir de abrigo para caso alguns moradores precisassem de espaço ou mesmo para sediar uma base de apoio no caso de um gerenciamento de crise. Contudo, o visível mau estado de conservação do ginásio logo afastou essa ideia.


Fonte:tribuna do norte