Um mito que existe no Brasil é o de que não há terremotos no País. Os tremores, na verdade, existem, mas em geral são muito pequenos e não geram danos. Segundo o professor George Sand, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), até março de 2011 somente dois terremotos no território nacional haviam passado de 6 graus na escala Richter: em Porto dos Gaúchos (MT), com 6,2 graus, e em Vitória (ES), com 6,1, ambos em 1955.
De acordo com o professor, o maior tremor da história do Brasil foi registrado apenas por pesquisadores do exterior, já que registros sismológicos praticamente não existiam no País. Como o terremoto ocorreu em uma região pouco habitada, não ocasionou mortes nem danos materiais. Em Vitória, o abalo sísmico causou espanto e medo, mas ninguém morreu na ocasião e os danos materiais foram pequenos - o epicentro foi no mar, a 300 km da costa. "Os prédios só balançaram", explica o pesquisador.
De acordo com Sand, existem pequenas falhas geológicas no território brasileiro e elas se movem apenas poucos milímetros, mas esses movimentos são suficientes para gerar os terremotos sentidos na superfície. O professor explica que, como os brasileiros não são acostumados a esse fenômeno, um tremor de magnitude 4 na escala Richter já espanta quem o sente.
Sand afirma ainda que algumas regiões no Brasil registram mais terremotos: os Estados do Ceará e do Rio Grande do Norte e a região de Estrela do Norte, em Goiás. Mas ele explica que os fenômenos, nesses locais, costumam ter apenas de 3 a 4 graus de magnitude.
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